EIS ALGUNS DOS BENEFÍCIOS QUE PODERÁ OBTER SE DECIDIR OPTAR POR REALIZAR UMA TERAPIA DE CASAL NOS PSICÓLOGOS DO CHIADO: 

  • A mulher e o homem aprenderão a desenvolver a sua plena masculinidade e feminilidade, respectivamente, de forma a transformarem os seus relacionamentos em conexões profundas, autênticas e harmónicas;
  • Aprenderão a como transitar da fase da paixão para o amor e deste para aquela, de forma a manterem os seus relacionamentos dinâmicos, com uma certa dose de criatividade, aventura, imprevisibilidade, mistério, elegância imaginativa e humor;
  • Aprenderão a desenvolver a intimidade, a partilha, a mutualidade, a interdependência, a auto-revelação e outros processos afectivos, e ao mesmo tempo a aumentar a atractividade e satisfação nos relacionamentos;
  • Aprenderão estratégias para lidar com o conflito de forma a melhorar a comunicação com os seus parceiros;
  • Aprenderão a reformular os seus processos cognitivos, através da análise das suas crenças básicas, pressupostos, padrões, percepções, atribuições e expectativas, de forma a encontrarem maneiras de comunicação mais funcionais;
  • Aprenderão questões relacionadas com a sexualidade humana responsáveis por originarem mecanismos de defesa desadequados e repercutirem-se na personalidade e no carácter;
  • Aprenderão a substituir essas defesas desadequadas por formas adequadas de enfrentar qualquer situação de conflito, tensão ou problemas relacionais.


JOGOS DE PODER NOS RELACIONAMENTOS, POSIÇÕES DEPENDENTES NO AMOR E PERDAS DE MAGNETISMO: COMO DESENVOLVER A INTIMIDADE, A PARTILHA, A MUTUALIDADE, A INTERDEPENDÊNCIA OU OUTROS PROCESSOS AFECTIVOS, E PARALELAMENTE, AUMENTAR A SUA ATRACTIVIDADE E SATISFAÇÃO NOS RELACIONAMENTOS.

O fascínio de Paulo por Laura, com quem namorava há três meses, era total. Via-a próxima da mulher ideal: inteligência e profissionalismo de admirar, bonita, desportiva e atlética. Assumiram o relacionamento na festa de natal da empresa onde ambos trabalhavam. Logo no início Paulo sentiu um desequilíbrio quanto ao poder de atracção entre si e Laura, pois ao conhecê-la achava que só em sonho poderia envolver-se romanticamente com ela. 
Mas nessa festa, Paulo sentiu pela primeira vez a posição dependente no amor ao ver Laura a conversar com um grupo de colegas, a maioria homens: «Ela ria-se e dirigia-se a eles com o seu charme habitual.

«Parecia que estava "flirtando", embora de braço dado comigo. Foi quando a apreensão me assaltou e comecei a pensar que eles eram mais charmosos, mais extrovertidos e mais atléticos que eu».

Paulo começou a não conseguir afastar a ideia de que ela iria acabar por se fartar dele. Ficou tão angustiado que não conseguia encontrar nada de interessante para dizer: «queria participar na festa, mas só conseguia parecer um idiota que, por acaso, estava com a mulher mais bonita da festa».

De repente, Paulo viu-se dominado por sentimentos de inadequação e medo de rejeição. Começou a descobrir também que quando se encontrava nesse estado, a sua capacidade para se relacionar com Laura parecia enfraquecer.

Começou então, como tentativa de resgate dessa situação, a intensificar os esforços no sentido de conquistar o amor da parceira. No entanto, arruinava-os ao expor a sua carência tão abertamente: «A certa altura peguei-lhe na mão e sugeri que nos despedíssemos. Ela pareceu aborrecer-se, mas concordou. Ao pensar que ela talvez estivesse chateada comigo, no dia seguinte comprei-lhe uma CORRENTE DE OURO. Foi a melhor forma de dizer que a amava. Ela gostou muito, mas continuou meio reservada».

Entretanto, dois acontecimentos redefiniram os problemas do relacionamento entre Paulo e Laura. Fruto da sua insegurança, Paulo iniciou a tentativa de transferir os planos de casamento das conversas para o papel, numa altura em que Laura foi incumbida, pela primeira vez, de defender a empresa num julgamento, num caso complicado de fraude em stocks. Segundo recorda Laura, «De repente, todas as coisinhas que me vinham incomodando em relação a Paulo pareceram incomodar-me um pouco, e achei que tínhamos muito em que pensar. Eu sabia que Paulo daria um marido maravilhoso, mas comecei a sentir mais AFECTO que amor por ele».

Enquanto os sentimentos de Laura esfriavam, os de Paulo aqueciam. Ele continuava decidido em marcar a data do casamento, mas «Laura mudava de assunto. Começou a trabalhar até mais tarde e a esquecer-se de telefonar. Eu sabia que ela andava ansiosa por causa do trabalho, mas chegava a passar uma semana em que só nos víamos no trabalho. Eu dizia a mim mesmo que tudo continuava igual, que era a minha imaginação mórbida que insinuava que o relacionamento se desmoronava. Quando finalmente EXPUS as minhas preocupações a Laura, ela disse-me que tinha algum medo do compromisso mas que o estava a superar».

Para pôr fim à sua própria agonia e recuperar a sensação de controlo, Paulo começou a empreender uma série de manobras com o objectivo de reacender o amor de Laura:

«Queria comunicar-lhe que ninguém poderia amá-la mais ou TRATÁ-LA MELHOR do que eu. Fazia tudo o que podia para agradá-la, como levá-la aos melhores restaurantes, e para correr, de modo a que pudesse me exercitar com ela. Mostrava-me sempre prestativo e providente. Abreviava reuniões e telefonemas quando tinha de me encontrar com Laura. Até tinha começado a ir buscar as roupas dela à lavandaria. Praticamente ARRASTAVA-ME A SEUS PÉS e nem assim ela mostrava-se satisfeita. Eu não conseguia entender. Além disso, todos me conhecem como uma pessoa que sempre diz o que pensa. Mas com Laura, parecia que tinha-me transformado num ESCRAVO. Por exemplo, ao ler um dos seus livros favoritos disse-lhe que tinha adorado, quando na verdade achei-o chato. O mesmo acontecia noutras ocasiões. Ela tinha sempre razão…»

Após ter perdido a espontaneidade na presença de Laura, Paulo começou a INTENSIFICAR o uso da frase “eu amo-te” e o seu desejo de envolvimento sexual com ela. Contudo, devido à ansiedade por que passava, começou a sentir dificuldades quanto ao desempenho. E isso só piorou as coisas.

Paulo começou a sentir RAIVA por achar que Laura magoava-o e arrasava-lhe a vida ao não o amar. Mas por medo de que o relacionamento acabasse, preferiu continuar a ocultá-la por trás de vários tipos de agrado. No entanto, ao não atacar o problema principal, a raiva gradualmente começou a transformar-se em hostilidade, que rapidamente transferiu-se para outros alvos, para não arriscar indispor-se com Laura.

Contudo, a relação amor/ódio que passou a sentir, acabou inevitavelmente mais tarde por dar lugar a comportamentos agressivos para com a própria companheira, e o relacionamento terminou em separação.


A RAZÃO QUE A PSICANÁLISE FORNECE PARA PERCEBER O PORQUÊ DE MUITOS RELACIONAMENTOS FRACASSAREM…


Já alguma vez entrou em situação de conflito com uma mulher e teve a sensação de que quanto mais pedia-lhe desculpa, mais ela aborrecia-se consigo e mais você perdia o controlo da situação?

Ou tentou ser um verdadeiro cavalheiro com uma mulher à qual se sentia atraído, adoptando uma postura de escuta activa e empática para com os seus problemas, mas depois ouviu coisas como “Não quero estragar a minha amizade contigo pois és importante para mim. Vamos apenas ser amigos” ao declarar os seus sentimentos por ela?

Ou ainda quando no passado esteve apaixonado já alguma vez tentou comunicar-lhe os seus sentimentos de forma honesta, autêntica, ou falar abertamente sobre dificuldades que atravessou na sua vida e constatar posteriormente com horror que ela simplesmente desapareceu, ao ponto de achar que a atitude sincera que adoptou foi a pior coisa que podia ter feito?

Penso que a maioria dos homens já experimentaram alguma vez essa dolorosa sensação.

A pior parte talvez seja quando você está num relacionamento estável que não está a ser funcional e ambos decidirem recorrer a um psicoterapeuta que lhes fala sobre a importância da auto-revelação, da partilha, da equidade, da interdependência, da mutualidade, da sinceridade, ou da autenticidade, mas depois isso parecer-lhe um paradoxo por retornarem as velhas sensações de “se sou demasiado sincero ela acabará por ficar menos atraída por mim” ou da perda de controlo da situação, como na história mencionada acima.

No caso exposto, vimos que Paulo a certa altura desabafou com Laura os seus receios, além disso comportou-se como um cavalheiro, foi prestável, ofereceu-lhe presentes e levou-a a bons restaurantes.

Mas nada disso ajudou a recuperar a química perdida por Laura. Pelo contrário.

Laura acabou inclusive por fazer o seguinte comentário posteriormente: 

«O Paulo parecia capaz de engolir tudo o que eu despejasse, mesmo quando a crítica referia-se a coisas mínimas. Às vezes, eu desejava simplesmente que ele explodisse comigo, sabe, MOSTRASSE TER PEITO. Eu o teria RESPEITADO mais».

Agora bem,

Não estamos a defender aqui que o homem deve desfazer-se da sua autenticidade na relação com a mulher, nem vice-versa. Os conselhos que os terapeutas de casal dão nas suas consultas são correctos e nós subscrevemo-los na totalidade.

Mas resta-nos a sensação que falta algo, um elo perdido que atribua o verdadeiro significado às palavras «mostrasse ter peito» e «respeitado mais» mencionadas por Laura, e que seja responsável, igualmente, por manter aberta a via entre o amor e a paixão.

A propósito,

Sabe qual é a diferença entre amor e paixão?

Paixão corresponde a um estado de profunda activação fisiológica, ou seja, impulsos que levam ao enamoramento e à atracção física. Trata-se de uma activação incompatível em manter-se continuamente estável ao longo do tempo, devido ao grau de tensão e excitação que envolve.

Amor envolve, por outro lado, sentimentos de fundo, indissociáveis também do desejo físico-psicológico pelo outro, mas mais estáveis. Corresponde a desejos de mutualidade de sentimentos e implicam com o passar do tempo a redefinição do próprio si e a construção de um “nós”. O EU de um vai sendo integrado no EU do outro.

Agora bem,

A psicanálise revela-nos, através do estudo dos principais instintos humanos, que o “sadismo” mantém uma relação mais íntima com a masculinidade e o “masoquismo” com a feminilidade.

Isto significa que o homem é mais agressivo e tem maior tendência a derivar este instinto destrutivo para fora de si próprio, e a mulher uma maior propensão para orientá-lo para dentro. Sabido é que, em média, a mulher apresenta maior tendência para a depressão que o homem, e é também mais emotiva.
Por outro lado, quando dizemos masculino queremos dizer “activo” e quando dizemos feminino queremos dizer “passivo”. E esta relação é exacta. A célula sexual masculina é activamente móvel, busca a feminina, e esta, o óvulo, é imóvel, passivamente expectante.

Mas não podemos apenas conectar o factor da agressão para o carácter masculino. Quanto mais nos afastamos da sexualidade, mais vemos que as mulheres desempenham muitas actividades activas.

Preferimos então dizer que na mulher, emanada do seu papel na função sexual, existe uma certa PREFERÊNCIA pela atitude passiva, e os fins passivos estendem-se para o resto da sua vida.

Mas não é isto que encontramos na menina até aos três anos de idade. Nesta fase comporta-se ainda de forma masculinizada, como um pequeno homenzito. Não se encontra ainda nela atenuado certo montante de agressividade que perdura já no varão. Podemos ver isso claramente nos seus jogos.

No entanto, a partir sensivelmente dos quatro anos começa na menina um processo complexo de transição da masculinidade para a feminilidade psíquicas, coisa que não acontece no varão.

Ambos elegerem como primeiro objecto amoroso a mãe (pois foi esta que forneceu os principais cuidados de amamentação, de higiene, de satisfação das principais necessidades básicas, etc.) e a menina agora tem não só de transitar da masculinidade para a feminilidade psíquicas, como substituir também, em termos dos seus desejos eróticos, a mãe pelo pai.

Todo este processo deixa forçosamente marcas no psiquismo da mulher e influência a formação do seu carácter.

Quanto melhor percorridas forem estas etapas, mais o carácter da mulher se aproximará da normalidade.

Inversamente, segundo Sigmund Freud, quanto mais traumático for este percurso, maior será o predomínio de traços de masculinidade, do ciúme e de um menor sentido de justiça na sua vida anímica.

Quando predomina um forte componente de masculinidade na personalidade da mulher adulta, pode dar-se o caso desta tentar controlar o relacionamento com o seu parceiro. O problema é que, normalmente, depois de obtido o poder, contraditoriamente a mulher perde em seguida a atracção, ou pelo menos fica esta bem mais atenuada.
No caso exposto anteriormente, podemos ver este fenómeno a OCORRER, quando Laura relata que preferia que o namorado “explodisse” a manter uma atitude submissa.

Talvez resulte daqui o receio que muitos homens sentem em mostrar autenticidade dos seus sentimentos para com as mulheres.

Podemos voltar agora à questão do elo perdido.

O elo perdido é a verdadeira MASCULINIDADE PSÍQUICA.

Quando um homem não a consegue desenvolver e adopta um comportamento infantilizado, dependente ou submisso, está a impedir a mulher de se reencontrar com a sua própria feminilidade, e paralelamente a reforçar nela comportamentos masculinos – resíduos do processo complexo pelo qual passou na infância – de controlo e poder que prejudica o relacionamento e leva à perda da atracção.

Mas quando um homem tem desenvolvida a sua plena masculinidade psíquica, tudo se torna relativo.

Ele sabe conservar o seu poder dos dramatismos e tentativas de resgate do mesmo que a mulher lhe coloca, sob a forma de TESTES, e com isso conservar o seu próprio magnetismo.

Ele sabe CONDUZIR da paixão para o amor e do amor para a paixão, de forma a evitar que a relação se torne aborrecida, previsível e monótona.

Enquanto o homem imaturo procura o controlo e o poder num relacionamento por questões culturais, ou para satisfazer a sua necessidade de afecto, ou ainda por medo da rejeição, o homem maduro “controla” para não ter de controlar.

Sabe que esse poder serve apenas para ajudar a mulher a reencontrar-se com a sua feminilidade e não faz mais do que proporcionar-lhe protecção, segurança e uma CONEXÃO afectiva profunda, substituta da sua segunda eleição amorosa: seu pai.

Enquanto o homem imaturo vive reforçando os dramatismos ou conflitos com a mulher com sucessivos pedidos de desculpa, submissões ou agressividades, o homem MADURO sabe que não os reforçando ajudá-la-á a crescer.

Ele sabe distinguir o verdadeiro do falso dramatismo e estar presente quando a situação o exige.

POSIÇÃO DEPENDENTE NO AMOR VS CURA PELO AMOR

Narcisismo é um termo psicanalítico que significa um indivíduo tomar como objecto sexual o seu próprio corpo, e o contemplar com agrado, o acariciar ou beijar, até chegar a uma completa satisfação.

A psicologia clínica fornece-nos também a indicação de que o estado de esquizofrenia é caracterizado pelo facto do sujeito retirar sua libido (desejo erótico) dos objectos (entenda-se: pessoas) e das coisas, quer em realidade, quer em fantasia.

O destino desta libido retraída dos mesmos é o recolhimento para o EU do sujeito, surgindo assim um estado de elevado narcisismo e, paralelamente, de megalomania.

Mas esta megalomania não é algo novo mas a concretização de um estado que existia já, circunstância que leva-nos a considerar o narcisismo originado pela retracção da libido do mundo dos objectos como um narcisismo secundário, super-imposto a um narcisismo primário original.

Este narcisismo primário original é visível na vida anímica das crianças, onde podemos ver certos rasgos de megalomania: a hiper-estimação do poder dos seus desejos e actos mentais, a omnipotência das ideias, uma fé inabalável na força mágica das palavras ou o uso da magia contra o mundo exterior.

Formamos assim a ideia de uma CARGA libidinosa primitiva do EU, da qual parte destina-se a carregar os objectos (isto é, a investir nas pessoas) e parte a carregar o ideal do EU (ideais impostos desde o exterior que o sujeito aspira alcançar e que têm por base, entre outros, desejos que os pais querem ver concretizados nos filhos – caso contrário o amor a eles sofre uma perdida considerável – e que estão instituídos na consciência moral destes últimos).

O EU enriquece-se, portanto, pela satisfação proporcionada pelo cumprimento do ideal e pela satisfação alcançada nos objectos.

Mas empobrece-se em favor destas cargas, isto é, ao lançá-las para fora de si, quando as efectua.

Agora bem,

Já alguma vez sentiu um interesse erótico intenso por alguém, renovado indefinidamente, apesar de não ser correspondido?

Ou esteve num relacionamento semelhante ao caso atrás exposto, onde o interesse amoroso era retribuído para logo deixar de sê-lo, paulatinamente, permanecendo o sujeito na posição dependente no amor e a experimentar um desequilíbrio quanto ao seu poder de atracção?

Você sente-se a idealizar a pessoa, engrandecendo-a, elevando-a psiquicamente, hiper-estimando-a e aumentando com isso as exigências do seu EU, que se traduzem em tortuosas tentativas de resgate do amor em vias de extinção: COMPORTAMENTOS SUBMISSOS, TRATAMENTOS PREFERENCIAIS, tentativas extremas de AGRADO ou de ser PRESTATIVO e PROVIDENTE.

Dito de outro modo, os seus olhos assistem com assombro à privação da satisfação de um amor convertido em impossível, a um vazamento paulatino do seu EU, empobrecendo-o, ou se quisermos, danificado agora pelas pulsões sexuais não submetidas já a controlo nenhum.

Nesta forma de amar, o ENAMORADO É HUMILDE. Perde parte do seu narcisismo e só pode compensá-la sendo amado.

Mas ao não sê-lo, torna-se apreensivo, inseguro, e com isto, surgem por arrastamento SENTIMENTOS DE INFERIORIDADE, baixa auto-estima, MEDO DA REJEIÇÃO, angústias, ansiedades, depressões ou infinitos combates AMBIVALENTES de amor-ódio, que não fazem mais do que dissolver, lentamente, a personalidade e o carácter, enfraquecendo a capacidade de relacionar-se.

Vemos, pois, que a produção de um ideal favorece mais que nada a REPRESSÃO.

O sujeito torna-se, portanto, menos espontâneo, ocultando a raiva por trás de vários tipos de AGRADO. Por outro lado, surge igualmente a tendência para expor a carência demasiado abertamente.

Já esteve lá? QUANTO VALE PARA SI libertar-se desta forma patológica de amar?

Ao contrário desta maneira de eleger amorosamente alguém – por APOIO – em que o sujeito sente um amor completo ao objecto, hiper-estimando-o, e com isso, empobrecendo o seu narcisismo (amor próprio) em favor da pessoa amada, existe uma outra forma de amar – a NARCISISTA – em que a auto-estimação do sujeito parece enriquecer em vez de vazar.

Este tipo de pessoas vêem, pois, intensificado o seu narcisismo primitivo resultando desfavorável à hiper-estimação sexual e a um amor objectal regular. Só se amam a si mesmas, NÃO NECESSITANDO DE AMAR SENÃO SEREM AMADAS.

O fim e a satisfação desta última condição não é mais do que aumentar a estimação que têm de SI PRÓPRIAS.

Esta eleição de objecto narcísica é particularmente visível na mulher bonita e não deixa de exercer máxima atracção sobre os homens que amam pelo tipo de apoio, não só pelos evidentes motivos estéticos mas também pelo interessantíssimo facto do ponto de vista da psicologia de o narcisismo das mesmas exercer-lhes grande atractivo, sobretudo por já terem RENUNCIADO AO SEU e encontrarem-se a pretender-lhes amor.

É como se as invejassem por SABEREM CONSERVAR um afortunado estado psíquico, ou melhor dito psicanaliticamente, uma INATACÁVEL POSSESSÃO DA LIBIDO (narcisismo), à qual tiveram de renunciar por sua parte.

Mas existe ainda uma outra variante no que diz respeito à FORMA como os humanos amam.

Certas pessoas, ao não conseguirem atingir os seus IDEAIS por dificuldades reais da vida, passam a utilizar o IDEAL SEXUAL (a sua sexualidade) como satisfação substitutiva, entrando esta última a fazer-lhes parte da personalidade, levantando REPRESSÕES e instituindo PERVERSÕES.

Passam a amar então aquele que JÁ FORAM E DEIXARAM DE SER ou aquele que possui as PERFEIÇÕES QUE CARECEM para chegarem a atingir os seus ideais.

Dito de outro modo, procuram a CURA PELO AMOR.

Mas a este plano curativo opõe-se-lhes uma dolorosa INCAPACIDADE para amar de verdade, pois apenas fazem-no através do amor narcísico, é dizer, só amam, por vezes ao longo da vida inteira, realmente a si mesmas.

Se quer tornar-se numa pessoa mais  CONFIANTE, SEGURA e psiquicamente PODEROSA, capaz de amar e interagir no mundo relacional de forma adequada, nomeadamente com sua/seu parceira(o), clique aqui para marcar sua TERAPIA DE CASAL CONNOSCO

Comece hoje mesmo a realizar a sua transformação pessoal e a conhecer-se melhor.


Ao seu sucesso pessoal e profissional,

Gonçalo Vitória